Viaturas
da Polícia Civil — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
A Polícia
Civil está procurando um homem que trabalhou como médico, sem possuir registro
da profissão, durante cerca de um mês em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no
município de Ielmo Marinho, no Agreste potiguar.
O falso médico é
suspeito de praticar crimes de falsidade ideológica, falsa
identidade e exercício ilegal da medicina. Uma imagem do homem foi divulgada pela
Polícia Civil em suas páginas oficiais.
Segundo as
investigações, o suspeito utilizou nome e número de registro
no Conselho Federal de Medicina (CFM) de outro médico, um profissional
de Minas Gerais.
O caso está sendo
investigado pela Delegacia Municipal de Ielmo Marinho, sob o comando do delegado Ernani Leite.
O inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público.
A Polícia Civil pede
que informações sobre o paradeiro e a real identidade do falso médico podem ser
denunciadas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.
A Secretaria de
Saúde de Ielmo Marinho foi procurada, mas a reportagem não
obteve resposta até a atualização mais recente desta matéria.
Seis
casos em 2022, aponta Cremern
O Conselho Regional
de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) informou que o departamento de
fiscalização recebeu apenas em 2022 seis denúncias de falsos
médicos.
Eles atuaram nos
municípios de Taipu, Poço Branco, Ielmo Marinho, Santana do Matos, Lajes e Tibau do Sul.
Os casos apurados foram
encaminhados para a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social
(Seded).
O Cremern informou
que tem traçado ao lado da Sesed um enfrentamento aos crimes de exercício
ilegal da medicina no estado. A última reunião entre órgão e entidade aconteceu
no dia 30 de março.
Durante a reunião
ficou entendido que, além dos próprios falsários, os gestores e
diretores dos serviços de assistência médica que contratam profissionais sem a
devida comprovação da sua legalização profissional devem ser
responsabilizados.
“O departamento de
fiscalização do Cremern constata frequentemente que as situações são reais e
crescentes”, disse o presidente do Cremern, Marcos Jácome, à época.
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