Mauro Cesar Barbosa Cid, Alexandre de Moraes, a Polícia Federal e o Planalto (de fundo) (Foto: ABR | Divulgalção)
A Polícia Federal encontrou no telefone do principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) mensagens que têm como consequência suspeitas de transações financeiras feitas pelo gabinete presidencial e com a possibilidade de serem ilegais.
O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid teve diálogos por
escrito, áudios e fotos com outros funcionários da Presidência. As conversas
sinalizam a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro. O
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou nas últimas
semanas a quebra de sigilo bancário de Cid.
De acordo com informações publicadas nesta
segunda-feira (26) pelo jornal Folha
de S.Paulo, o material analisado pela PF indicou que eram feitas
movimentações financeiras, para pagar contas pessoais da família presidencial e
de pessoas próximas à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
As transações estão sendo analisadas em um
inquérito policial, mas ainda não existe acusação ou confirmação das suspeitas
investigadas pela PF.
A assessoria da Presidência afirmou que as transações vistas como
suspeitas pela PF têm origem em dinheiro privado de Jair Bolsonaro. "Todos
os recursos não têm origem no suprimento de fundos [cartão corporativo]. O
presidente nunca sacou um só centavo desse cartão corporativo pessoal. O mesmo
está zerado desde janeiro de 2019", continuou.
O tenente-coronel disse que a escolha do pagamento
por meio de saques e depósitos para uma tia de Michelle aconteceu por motivos
de segurança. "Cid não fazia transferência de conta a conta. Ele sacava o
dinheiro para a conta do presidente não ficar exposta, com o nome dele no
extrato de outra pessoa", diz a assessoria da presidência.
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