Montagem com fotos dos economistas Armínio
Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida — Foto: GloboNews/Reprodução e
Folhapress
Os economistas Edmar Bacha, Pedro
Malan e Persio Arida declararam voto em Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno das eleições.
Armínio
Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o segundo mandato do
governo de Fernando Henrique Cardoso, já havia declarado sua preferência na terça-feira (4).
Em nota,
os quatro economistas afirmaram: "Votaremos em Lula no 2º turno; nossa
expectativa é de condução responsável da economia".
Malan foi
ministro da Fazenda durante o governo de FHC e presidente do Banco Central
durante o governo de Itamar Franco. Junto com ele, Persio Arida e Edmar Bacha
foram os criadores do Plano Real.
Persio
Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central, declarou seu voto na
quarta-feira (5), segundo o jornal "O Globo". Ele afirmou que considera o
presidente Jair Bolsonaro “claramente uma ameaça à democracia brasileira” e que
houve “imenso retrocesso civilizatório” em seu governo.
Para o
economista, um eventual governo Lula será responsável fiscalmente e está com
“expectativa de boas políticas econômicas na direção das reformas”, diante de
uma base de apoio mais ao centro. Arida já coordenou o programa do atual
candidato a vice-presidente pelo PT, Geraldo Alckmin, em campanhas anteriores.
Armínio
Fraga já demonstrava ser crítico à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele discursou
durante a leitura de duas cartas em defesa da democracia, no dia 11 de agosto.
O evento, organizado na Faculdade de Direito da USP, ocorreu em meio a ataques
de Bolsonaro contra o processo eleitoral, com insinuações golpistas.
Em
entrevista à GloboNews, Fraga apontou que os grandes temas não são econômicos.
"Nós
estamos aqui falando de riscos pra nossa democracia, que na minha leitura
aumentaram depois dos resultados de domingo. E é essencialmente isso. Não há
como colocar isso de uma maneira diferente", afirmou.
"Nós
estamos observando movimentos autocráticos mundo afora. São situações em que a
deterioração da qualidade da democracia ocorre gradualmente. O povo continua
votando, mas as coisas vão perdendo a sua qualidade, vão perdendo a sua
força. Isso é relevante porque, na esteira disso, vêm fracassos retumbantes
na economia também".
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