Gal Costa, um dos nomes mais importantes da música brasileira, morreu
nesta quarta-feira, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela
assessoria da artista, mas a causa da morte não foi informada. Maria da Graça
Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador e, ao lado de
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, se tornou uma das
vozes mais importantes da música brasileira.
A cantora cancelou um show em São Paulo no fim de
semana para realizar uma cirurgia para retirada de um nódulo nasal. Gal era uma
das principais atrações do Primavera Sound, realizado no último fim de semana
em São Paulo. Ela acabou não participando do evento.
A cantora esteve em Brasília em agosto, para
participar do Festival Coma, em um dos shows mais esperados e lotados do
evento. A cantora tinha shows programados para a Europa, mas foram suspensos
até o fim de novembro por causa da cirurgia.
Para Brasília, em agosto, Gal trouxe
o espetáculo As várias pontas de uma estrela, em
que passeia pela obra de um dos maiores compositores da música popular
brasileira, o carioca-mineiro Milton Nascimento, de quem interpretou clássicos
como Cravo e canela, Fé cega faca amolada, Maria e Paula e
Bebeto. Gal estava em turnê com as várias pontas de uma estrela, que
estreou em outubro de 2021 e trazia releitura para vários sucessos dos anos
1980.
Carreira
Gal Costa estreou na música aos 20 anos, ao lado de
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé. Entres as primeiras
gravações estão eu vim
da Bahia (1965), com Gilberto Gil. O Brasil se espantou mesmo
com a voz da cantora em 1968, quando gravou o álbum Tropicália
ou Panis et Circenses, com Caetano Veloso, Os Mutantes e Gilberto
Gil. A voz poderosa e afinada de Gal Costa, associada ao talento excepcional de
Gil e Caetano, fez da tropicália um movimento que mudou os rumos da música
brasileira.
O primeiro álbum solo, Gal Costa, saiu em 1969 e
trouxe músicas que entraram para sempre no repertório do cancioneiro nacional.
São faixas como Namorinho de portão (Tom
Zé), Se você pensa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e Baby e Divino
Maravilhoso, ambas de Caetano Veloso. Mais tarde viriam Índia, meu nome é Gal, Força
estranha e Noites cariocas, todas do álbum Gal
tropical, lançado em 1979. O último álbum foi lançado em 2021. Nenhuma
dor tem participação de Criolo, Seu Jorge, Zeca Veloso e
Silva.
Fonte: Correio
Braziliense
0 Comentários