Cresce
o número de trabalhadores informais no Rio Grande do Norte — Foto:
Reprodução/Inter TV Cabugi
A taxa de informalidade das pessoas de
14 anos ou mais ocupadas no Rio Grande do Norte é de 44%. Ou seja, quase metade
dos adultos com algum tipo de ocupação no estado trabalha sem carteira
assinada. O RN ocupa a 15ª posição no país quando o assunto é trabalho informal.
Segundo o IBGE, 38
milhões de brasileiros são considerados trabalhadores informais por não terem
vínculos empregatícios nem trabalharem por conta própria como autônomos,
pessoas jurídicas ou microempreendedores.
Glaydson
Soares, presidente da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB-RN), demonstra preocupação com a precarização do trabalho e a falta
de direitos básicos. "Ele não tem, por exemplo, a oportunidade de ter um
benefício previdenciário, um auxílio doença caso ele tenha um problema de saúde
no desenvolver do seu trabalho", lembra.
Esses
trabalhadores podem contribuir para a previdência de forma autônoma, com
alíquotas de 11% a 20%, mas as necessidades mais urgentes muitas vezes impedem
que reste algum dinheiro para o futuro.
O
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
estima que, contando com períodos de desemprego e informalidade, o trabalhador
brasileiro leva cerca de 25 anos para 15 anos de contribuição. Com o aumento da
contribuição mínima, para homens, para 20 anos, associada à idade mínima de 65
anos, a concessão do benefício ficou ainda mais distante.
0 Comentários