Movimentação de policiais na entrada de Baraúna, cidade na divisa com o Ceará — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi As forças de segura...
Movimentação de policiais na entrada de
Baraúna, cidade na divisa com o Ceará — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
As
forças de segurança intensificaram as buscas por Rogério Mendonça e Deibson
Nascimento - fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró - na
região de Baraúna, cidade na divisa com o Ceará. Esta segunda-feira (19) é o
sexto dia de buscas.
A fuga aconteceu na última
quarta-feira e é a primeira registrada na história do sistema
penitenciário federal, desde sua criação em 2006.
As
buscas acontecem em uma área de mata na zona rural. Em visita a Mossoró neste
domingo (18), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski,
alegou que a complexidade do terreno é um ponto de dificuldade para os
trabalhos. Também afirmou que não há prazo para a
captura dos presos.
"O terreno é complexo, coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo."
A
operação conta com helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos
tecnológicos sofisticados, além de mais de 500 homens das forças de
segurança estaduais e federal.
No fim
da tarde de domingo (18), houve uma intensa movimentação de policiais,
inclusive com uso do helicóptero, em uma propriedade privada em Baraúna, mas
nada foi encontrado.
Os criminosos foram vistos pela última vez na noite de sexta-feira (16) quando invadiram uma casa, fizeram os moradores reféns, jantaram e fugiram levando dois celulares, comida e água.
Movimentação de policiais em uma propriedade rural de Baraúna em busca dos fugitivos de Mossoró — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
Pistas
Na quarta-feira (14) -
mesmo dia da fuga - uma casa foi invadida na zona rural de Mossoró, a cerca
de 7 km da penitenciária. Objetos pessoais como camiseta e uma colcha de cama
foram furtados.
Camiseta de uniforme de presidiário encontrada durante as buscas pelos fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró — Foto: Divulgação
A polícia foi acionada e fez buscas na área. Na quinta-feira (15) objetos foram encontrados em uma área de mata. Um dos moradores da região confirmou aos
investigadores que, entre os itens, estava uma colcha de cama furtada de sua
casa.
A Polícia Federal recolheu
material biológico desta casa. As amostras encontradas serão
confrontadas com informações genéticas dos fugitivos.
Já na
sexta-feira (16), com a ajuda de cães farejadores, uma camiseta de uniforme
de presidiário foi encontrada na mata.
Na
noite de sexta os fugitivos invadiram uma
casa na zona rural, fizeram os moradores reféns, comeram, beberam
água e roubaram dois celulares.
Uma imagem do presídio federal de segurança máxima de Mossoró mostra um
buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram da
unidade na madrugada da quarta-feira (14).
As investigações apontam
que eles teriam usados barras de ferro para "rasgar" a parede.
Buraco na parede da cela de onde saíram fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró — Foto: Divulgação
Nomes de fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró já aparece na lista da Interpol — Foto: Reprodução
Os dois presos são do Acre e
estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.
Eles foram transferidos após participarem de uma
rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco,
que resultou na morte de cinco detentos - três deles decapitados.
Os
dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar,
que também está preso na unidade federal de Mossoró.
Rogério
da Silva Mendonça é acusado de assaltos no Acre. Já preso foi
acusado de mandar matar o adolescente
Taylon Silva dos Santos, de 16 anos, em abril de 2021. Após o crime,
Rogério foi transferido para o Presídio Antônio Amaro Alves, na capital, para o
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde ficou desde então, até ter sido
transferido ao Rio Grande do Norte.
Rogério
responde a mais de 50 processos. Ele é condenado a 74 anos de prisão, somadas
as penas, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre
(Iapen-AC).
Já Deibson Cabral Nascimento tem o nome ligado
a mais de 30 processos e responde por crimes de organização criminosa, tráfico
de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações.
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