STF - Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
A
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
tem maioria de quatro votos para manter a prisão dos três suspeitos de
planejarem o crime e mandarem matar a vereadora Marielle Franco e o motorista
Anderson Gomes. Os assassinatos ocorreram em 2018.
Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino
seguiram o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo,
que determinou a prisão preventiva dos três no domingo (24). Falta apenas o
voto de Luiz Fux.
A ordem de prisão é analisada de modo virtual, os votos
são depositados sem deliberação presencial. A sessão de julgamentos tem 24h e
começou nos primeiros momentos desta segunda-feira (25), com previsão de
encerramento às 23h59.
Além
do relator, o único a ter apresentado um voto por escrito até o momento foi
Dino. Ele escreveu que as prisões preventivas se justificam diante de um
“ecossistema criminoso” que teria sido montado dentro do Poder Público para
encobrir a autoria do crime.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado da
Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos na manhã de domingo (24) durante a
Operação Murder Inc e foram levados pela Polícia Federal para Brasília, onde
chegaram por volta das 16h.
No caso de Chiquinho Brazão, que é deputado federal, a
Constituição Federal prevê que sua prisão deve ser apreciada pelo plenário da
Câmara dos Deputados, que poderá mantê-lo preso ou soltá-lo. A data da sessão
ainda não foi anunciada, mas deverá ocorrer nos próximos dias.
A
principal motivação do assassinato de Marielle e Anderson, revelada no
relatório de investigação da PF, envolve a disputa em torno da regularização de
territórios no Rio de Janeiro. Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça e
Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações policiais
levaram ao esclarecimento completo sobre quem são os mandantes dos crimes, além
dos os executores e os intermediários.
Marielle e Anderson foram assassinados a tiros, em um
cruzamento na região central do Rio de Janeiro, em março de 2018, enquanto se deslocavam
de carro após uma agenda de trabalho.
0 Comentários