O candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, defendeu nesta
terça-feira (12), em entrevista ao Jornal Nacional, acabar com cargos
vitalícios na Justiça. Ele se disse favorável a processos de escolha “de
caráter mais impessoal”. nCampos fez a afirmação ao final de uma série
de questões sobre o fato de ter apoiado a indicação de parentes para o
Tribunal de Contas da União (TCU) e para o Tribunal de Contas do Estado
(TCE) de Pernambuco, estado que governou. Esses dois tribunais são
órgãos de fiscalização que auxiliam o Poder Legislativo na fiscalização
do Executivo.
O candidato disse que não vê problema no empenho que fez para ajudar a
mãe dele, a ex-depudada Ana Arraes, a se tornar ministra do TCU – o
tribunal julga contas do governo federal. Ele também foi questionado
sobre a indicação de um primo dele e outro de sua mulher para trabalhar
no TCE-PE.
“Eu acho que a gente precisa, na verdade, sobretudo agora,
que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribunal Federal, o Brasil precisa
fazer uma espécie de comitê de busca. O que é feito nos institutos de
pesquisa: juntar pessoas com notória especialidade e conhecimento para
fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses
lugares vitalícios.
Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma
constitucional para acabar com cargos vitalícios que ainda existem na
Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisas
que existem em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os
tribunais, garantir que esse processo de escolha seja um processo mais
impessoal.”
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